domingo, 11 de dezembro de 2011

TIME OUT: Os Viajantes do Tempo

Recebi do Ademir Pascale, organizador da coletânea, um exemplar de Time Out: Os Viajantes do Tempo. Foi o primeiro livro publicado pela Editora Estronho que li. O livro possui uma excelente qualidade gráfica, desde a diagramação e arte em geral até o próprio papel e acabamento. O livro é muito bom, mas teve apenas um problema, para mim que sou amante deste tipo de história: foram poucos contos.

Déjà-Vu: O Forte (Roberto de Souza Causo)
A parte da história que acontece no passado é muito bem retratada. De forma geral todo o drama da protagonista, mesmo nas poucas páginas deste conto, foi muito bem escrito, de maneira que se pode criar facilmente uma empatia. Não sei se o elemento SciFi ficou timidamente exposto no trecho …que tocara um junguiano inconsciente coletivo armazenado nas paredes do Forte dos Reis dos Magos.


A Velha Canção do Marinheiro do Futuro (Ademir Pascale)
Gostei muito como o personagem narra sua triste situação. O final é muito bom e nos trás um sentimento de tristeza, pelo menos para mim assim o foi. Na minha opinião o único problema que ocorreu no conto - o que pode ter sido uma variante para uma realidade alternativa escolhida pelo autor - foi o fato de informar que Albert Einstein foi trabalhar no USS Eldridge. Na realidade o que ocorreu foi que o navio destróier escolta da Marinha Americana foi equipado com bobinas construídas por Nikola Tesla tendo como base a teoria do campo unificado de Albert Einstein. O Projeto Arco-Íris de invisibiliade de Tesla ficou conhecido como a Experiência Filadélfia, que foi muito além disto, como podemos constatar neste ótimo conto.

A Difícil Arte de Lidar com Patrulheiros do Tempo (Miguel Carqueija)
Gostei muito deste conto, descontraído, leitura envolvente e muito engraçado.

Pelas Baladas do Tempo (Luciana Fátima)
O conto até que é interessante mas creio não ser SciFi, na realidade também não posso afirmar que a proposta da coletânea tinha que ser ficção científica, mas pelo título da obra é de se esperar algo no gênero

Modelo do Ano (Álvaro Domingues)
Este é mais um conto descontraído. Narrativa que prende a atenção.

A Máquina da Insanidade (Estevan Lutz)
É um conto simples e envolvente, mesmo com seus clichês que sempre se fazem necessários. A abrangência estupenda dos efeitos da máquina da insanidade é muito interessante. Gostei do trocadilho feito através do título do conto.

O Último Trem para Plêiades (Allan Pitz)
O conto possui uma boa narrativa e me prendeu logo nos primeiros parágrafos. O conceito da viagem temporal não ficou explícita, ficando a cargo do leitor acreditar se foi “realmente” um retorno no tempo ou se o mesmo se deu de forma psíquica. Gostei do conceito do projeto inicial para nosso planeta.

Contra o Apagar das Luzes (Mariana Albuquerque)
O que mais gostei neste conto foi a idéia da ameaça aos “originais”, se é que podemos assim os chamar, dos viajantes temporais.

Ensaio: Viagens no Tempo na Ficção Científica Brasileira (Edgar Indalecio Smaniotto)
Texto muito bem produzido que mostra, de uma certa forma simplificada, a história da literatura SciFi brasileira focada em viagens temporais.

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