quinta-feira, 27 de março de 2014

As Duas Torres - processo de criação


Recentemente tenho estudado pintura digital no photoshop e gostaria de compartilhar aqui o processo criativo da ilustração que fiz, a qual resolvi chamá-la de "As Duas Torres" (por favor pessoal, nada a ver com Tolkien, ok?). Esta mesma ilustração foi utilizada na capa da edição 108 do Somnium, publicação oficial do CLFC (Clube de Leitores de Ficção Científica).
OBS.: não sei por que, mas o blogger alterou as cores reais da ilustração.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Mini conto O FIM DO MUNDO

Em março de 2010 participei do concurso literário "Contos do Rio", que iria premiar o melhor mini conto  cujo cenário fosse a cidade do Rio de Janeiro, tomando como mote para o enredo ficcional a fotografia desta postagem http://oglobo.globo.com/blogs/prosa/posts/2010/03/27/regulamento-do-concurso-cultural-contos-do-rio-278125.asp. 

Pelo jeito o concurso não foi para a frente, pois nunca anunciou o vencedor, assim compartilho aqui meu mini conto.


O FIM DO MUNDO


      Sempre pensei que o fim do mundo seria diferente, e agora estou aqui neste espaço infinitamente branco. Na realidade não tenho certeza se estou vivo ou morto. Mas o que me deixa irritado é saber que aqueles miseráveis dos maias estavam certos.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Saber Calar

Ouvindo muita gente falar demais por não ter nada a dizer, inclusive nas redes sociais, lembrei de um artigo do Ivo Lima, que compartilho aqui com todos.



Saber Calar
Ivo Lima

“Suponho aqui que, para bem calar não basta fechar a boca e não falar, mas é preciso saber governar a língua, considerar os momentos convenientes para retê-la ou dar-lhe liberdade moderada.”

Abade Dinouart, A Arte de Calar

         Vivemos em um mundo adornado por discursos falaciosos, onde quem detém o poder da fala grita mais alto, usa argumentos sofisticados e ardilosos para atingir os ouvintes e convencê-los, custe o que custar.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Minhas Publicações (por enquanto)


Como muitos me perguntam onde podem encontrar meus textos, resolvi colocá-los aqui de uma forma organizada. Boa leitura e se possível deem um feedback.

Conto "Novo Início" (best-seller na Amazon, categoria ficção científica. Publicado originalmente no livro "Portal 2001)
http://www.amazon.com.br/Novo-In%C3%ADcio-ebook/dp/B008MZYKMY
http://www.livrariacultura.com.br/scripts/resenha/resenha.asp?nitem=81768225

Conto "As Inteligências" (livro "Aquilo que nos Move" Editora Samuel Lamanita)
http://www.deseretbrasil.com/produto.html?cod=225

Conto "A Fuga - Deus Embrião" (livro "Estranhas Invenções" Editora Ornitorrinco)
http://www.livrariacultura.com.br/Produto/LIVRO/ESTRANHAS-INVENCOES/30176440

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Miniconto DESESPERO

Escrevi este miniconto para a edição especial do Terrorzine, "O Corvo", homenagem a Edgar Allan Poe, mas infelizmente o mesmo não foi publicado. Tive o privilégio de desenvolver a capa para ele.

DESESPERO

         Não conseguia parar de fitar aqueles olhos negros. Uma profundidade hipnótica o dominava.
         A agradável maresia que sentia era completada pelos belos sons das ondas, mas mesmo estas maravilhas da natureza não o influenciavam de forma positiva. Apenas a presença daqueles olhos, forçando-o a abrir mão de tudo, é que o afetava.
         Era uma bela ave, pousada ali do seu lado, fitando-o. Suas penas eram magníficas, de uma negritude plena. Seu porte, majestoso e sua influência, profunda. Sua presença o fez chorar, lamentando pela sua mísera vida.
         Não conseguia mensurar há quanto tempo a ave chegara. Sabia apenas que horas se passaram, pois o sol estava prestes a se por. A dor emocional aumentava a cada momento, enquanto olhava para os inquisitores olhos da ave. A lembrança do seu fracasso como filho, pai, marido, provedor, amigo e muitos outros papéis, torturava-o ao nível do desespero. Nos recônditos de sua alma, uma voz abafada tentava dizer que era possível, mas a influência da ave dizia que não.
         Todos aquelas horas em silêncio foram quebradas por um grasnado estridente da ave negra. Foi então que aceitou o conselho e abriu mão, deixando-se cair do parapeito do seu apartamento.
         Pouco antes de fechar para sempre os olhos, viu a ave alçar voo para o lindo céu azul.